Fotoenvelhecimento | Tabela de Glogow

Nesse artigo você irá aprender sobre FOTOENVELHECIMENTO, RAIOS UVA, UVB e UVC e também sobre a Tabela de GLOGOW.

O que é Fotoenvelhecimento ?

Denomina-se fotoenvelhecimento o somatório de alterações que a pele demonstra em decorrência da prolongada ou inadequada exposição solar. Essas modificações que o tecido apresenta denomina-se danos actínicos, apresentam o efeito acumulativo do dano que a luz solar provoca no tecido, manifestando-se sob a forma de manchas, asperezas e até lesões malignas.

Podemos dizer que o envelhecimento se inicia por volta dos 30 anos e leva a uma redução progressiva da textura elástica e da umidade local, acompanhada de uma redução da espessura da derme de, aproximadamente, 50% a 75%, em pacientes com idade entre 50 e 80 anos.

Podemos relacionar, entre os efeitos lesivos da radiação solar, a depleção (perda de elementos fundamentais do organismo) da vitamina C da pele, um dos maiores estimulantes da produção de colágeno.

Os raios ultravioleta estimulam a formação de radicais livres, que, consequentemente, reduzem as enzimas antioxidantes e a vitamina E. Sem dúvida, esses danos teciduais provocam a formação de rugas e manchas.

Radiação Solar

A radiação solar afeta os fibroblastos do tecido conjuntivo, e a maioria das alterações atribuídas à idade são causadas pelo “patrimônio solar”, que é o dano acumulado, produzido pela exposição repetida e prolongada ao sol.

Podemos, então, facilmente concluir que a prevenção e proteção à agressão solar devem ser introduzidas desde a mais tenra idade, uma vez que o padrão estético do bronzeamento não é necessariamente aplicável às crianças.

 

Fotoenvelhecimento e os sinais na pele

Outra ação importante da radiação solar é a diminuição da função dos linfócitos T, que têm reduzida a capacidade de reconhecer e destruir as células epiteliais anormais, devido a mutações condicionadas pelos raios ultravioleta (UV). Os ultravioleta A (UVA) e B (UVB) agem sobre a tirosina, que, devido à sua natureza fenólica, atua como captadora de radicais livres (RL), convertendo-se, por sua vez, em RL.

Foi comprovado,  por Herman e Gersham, que a radiação solar origina os RL que atuam sobre as enzimas de síntese das escleroproteínas, em especial a propil-hidroxilase, sobre o DNA dos fibloblastos do tecido conjuntivo e sobre a bicamada de fosfolipídios da membrana celular.

Refletir, absorver e dispersar a radiação solar são alguns dos mecanismos de que a pele dispõe para se defender da agressão solar, além de aumentar a espessura da camada córnea para potencializar o efeito de barreira e o mecanismo de pigmentação, com a isomerização do ácido transurânico, presente no suor, para absorção de energia.

 

Classificação dos Raios Solares

Podemos dividir os raios solares em três tipos, em função do seu comprimento de onda. De toda a energia radiante emitida pelo Sol, somente as ondas com comprimento superior a 280 nanômetros (nm) atingem a superfície terrestre. A luz visível tem um espectro de ação entre os 380 nm e 800 nm e representa 39% da energia solar que chega à Terra.

Este tipo de lux tem menor poder de penetração do que os infravermelhos e é causadora de reações fototóxicas, em especial as fotoalérgicas.

O aspectro de ação dos UVA situa-se entre 315 nm e 380 nm, o dos UVB entre 280 nm e 315 nm – devemos recordar que os raios com comprimento de onda de até 327 nm afetam e alteram o DNA celular.

Os UVA são responsáveis pela pigmentação direta, em que a melanina tem o mais importante papel, ou seja, um estímulo progressivo da coloração da pele, sem ardor, eritema, bolhas e queimaduras, porém desencadeiam reações de fotossensibilidade e fototóxicas em presença de certos materiais, como nas dermatites de contato. Além disso, tem ação de adição aos efeitos do UVB e afetam as células de Langerhans, reduzindo a resposta imunitária e provocando elastose por degeneração das fibras elásticas.

 

Representação esquemática do aumento do espaço intercelular

Artigo Fotoenvelhecimento | Representação esquemática do aumento do espaço intercelular

Nas alterações histológicas observadas no fotoenvelhecimento, além do já citado aumento da espessura da camada córnea, há um aumento do espaço intercelular e do complexo da fibras de ancoragem da camada basal.

Verifica-se na derme uma perda da rede vascular, principalmente nos plexos papilares, o que provoca uma redução da nutrição e oxigenação desses tecidos.

Há uma importante redução de espessura, celularidade, liberação de histamina pelos mastócitos, e da produção de sebo, assim como no número de bulbos pilosos. Observamos, então, uma pele com aspecto seco, desvitalizado.

Conclusão

Podemos, assim, concluir que a pele fotoenvelhecida tem uma camada externa mais espessa e grosseira, com um tecido profundo afinado, seco e pouco nutrido. Essas mudanças levam a uma redução da termorregulação, hipotermia (redução de temperatura), assim como da depuração dérmica das substâncias absorvidas por via transdérmica.

Ocorrem também alterações químicas no colágeno, com redução da porcentagem total e das suas ligações cruzadas, alterações das fibras elásticas, com perda da tensão e recuperação elástica , e redução do número de fibroblastos na substância fundamental e do ácido hialurônico.

Além da classificação dos tipos de pele de Fitzptrick, aceita internacionalmente, devemos também classificar o grau do dano solar ou actínico; a forma mais indicada é a proposta por Glogow.

 

Tabela de Glogow (classificação do dano actínico)

 

DANO

DESCRIÇÃO

CARACTERÍSTICAS

 

Grau I

Leve

Rugas superficiais imperceptíveis ou levesPoucas alterações pigmentares

 

Idade: 20 a 30 anos

 

Grau II

Moderado

Rugas elásticas leves

 

Rugas dinâmicas com a mímica

 

Flacidez e ptose da região nasogeniana e da comissura labial

Lentigo e queratoses leves

 

Linhas paralelas visíveis com o sorriso

 

Idade: 30 a 40 anos

 

Grau III

Avançado

Rugas elásticas

 

 

Flacidez e ptose da região submentoniana e região lateral da comissura labial

Discromia (queratoses Visíveis)

 

Telangiectasias e perda de tônus

 

Idade: acima de 50 anos

 

Grau IV

Intenso

Rugas elásticas profundas

 

Rugas dinâmicas acentuadas

 

Acentuação da flacidez e ptose, inclusive em região cervical

Perda de coloração amarelada ou acinzentada

 

Surgimento de lesões malignas

 

Idade: de 30 a 50 anos, em casos de fotoenvelhecimento, ou acima dos 60 nos

 

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Sobre a autora

Cris Marques é esteticista, cosmetóloga formada pelo SENAC e professora de estética com mais de 18 anos de experiência. Criadora de 18 cursos profissionalizantes que já formaram mais de 22.000 alunas no Brasil e em diversos países.

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